Na física, um buraco de minhoca ou buraco de verme é uma característica topológica hipotética do contínuo espaço-tempo. Um buraco de minhoca possui ao menos duas “bocas” conectadas a uma única “garganta” ou “tubo”. Se o buraco de minhoca é transponível, a matéria pode “viajar” de uma boca para outra passando através da garganta. Embora não exista evidência direta da existência de buracos de minhoca, um contínuo espaço-temporal contendo tais entidades costuma ser considerado válido pela relatividade geral.
O termo buraco de minhoca (wormhole em inglês) foi criado pelo físico teórico estadunidense John Archibald Wheeler em 1957. Todavia, a ideia dos buracos de minhoca já havia sido proposta em 1921 pelo matemático alemão Hermann Weyl em conexão com sua análise da massa em termos da energia do campo eletromagnético.[1]
Esta análise força a se considerar situações em que há um fluxo de rede de linhas de força através do que os topologistas poderiam chamar de alça ou espaço multiplamente conectado e que os físicos poderiam ser desculpados por denominar mais vividamente de 'buraco de minhoca'.— John Wheeler em Annals of Physics
O nome "wormhole" vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Da mesma forma que uma "worm" (palavra que designa tanto um verme, quanto uma fase imatura de um inseto ou uma minhoca propriamente dita) que perambula pela casca de uma maçã poderia pegar um atalho para o lado oposto da casca da fruta abrindo caminho através do miolo, em vez de mover-se por toda a superfície até lá, um viajante que passasse por um buraco de minhoca pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel topologicamente incomum.